PAI, NOSSO PAI !
Autora: Bernardina Alves de Sousa
Co-autora: Beatriz Alves de Sousa
Co-autora: Beatriz Alves de Sousa
Pai,
você foi uma pessoa muito especial nas nossas vidas.
Homem
de muita fé e temente a Deus, seguidor dos conselhos bíblicos, e de uma conduta
extraordinária. Correto, digno e decente, teve sempre uma capacidade enorme de compreender
e estabelecer laços com os outros. Para você a obediência era fundamental,
o que o tornava rígido na disciplina. Estava sempre preparado para defender os
bons costumes e negar severamente o que via de errado.
Foi
um educador sem nunca ter ido à escola. Extremamente rico em exemplos porque
sempre acreditou em Deus e que tudo fosse feito sob a sua vontade. Paciente e
virtuoso nas suas decisões, por isso morreu sem más querenças. Todos que
tiveram a oportunidade de conhecê-lo nutriram um
grande respeito por sua pessoa. Foi
firme nas suas atitudes, não temia porque estava com a verdade. Mesmo que essa
lhe fosse prejudicial ele não abria mão dela, nem do bom senso de justiça.
No
trabalho era altamente suficiente, criativo e habilidoso, enfim, um gênio. Não
traçava uma linha se não soubesse que ia sair no tamanho e na medida certa. Foi
pedreiro, carpinteiro, ferreiro e inventou. Por isso, recebeu a comenda de
Mestre.
Mestre
João era assim que todos o chamavam. Na fé era devoto de Nossa Senhora do
Rosário e, por isso enquanto vida não tirou o rosário do pescoço e quando uma
continha arrebentava consertava cuidadosamente reconstruindo imediatamente o
seu inseparável rosário.
Na
nossa casa rezávamos o terço em família, além do exercício do mês de José,
Maria e São João. Santo esse do seu nome por ter nascido no dia de São João
Batista; dele foi devoto até a morte. Aos domingos tinha por obrigação a missa
na Igreja matriz e a participação da eucaristia. Nas madrugadas orava de joelho
aos pés do oratório do coração de Jesus.
Muitas
vezes foi difícil seguir seus ensinamentos, cumprir tantos preceitos, seguir sua
rigorosa disciplina, mas com a ajuda da nossa mãe, que sabia que era para nosso
bem, a gente seguiu seus ensinamentos duros, rígidos e rigorosos. Mas valeu, pois
agora nós todos entendemos como foi tão bom ter você como exemplo de vida.
E
como o mundo precisava e precisa de pais iguais a você! Só assim poderíamos ter
um mundo mais justo onde reinasse o respeito pela boa conduta, pela honestidade;
onde a dignidade, o caráter e a verdade fossem o atributo maior de um homem.
Atributo esse que você nos deixou de herança e, que nesse dia que você faz CEM
ANOS nós temos para lembrar e com prazer divulgar para que os seus descendentes
saibam quem foi você e, portanto, aprendam quais são os verdadeiros valores da
vida.
Justiça
Obediência
Atribuição
Oração
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