Casa onde Nasci (Pedro Alves Neto Em. 28/04/2010)
Quem passa naquela estrada
Ao longe verá uma bandeira
Mais perto avista a porteira;
Que indica da casa a entrada.
No oitão, uma roseira fincada,
Por mamãe grande guerreira!
Que ali residiu a vida inteira
Trabalhando de foice e enxada;
Que morreu a sofrer e calejada;
Tendo a solidão de companheira
No terreiro as marcas de fogueira
Que ali era a grande tradição,
Principalmente na noite de s. João;
Reunidos todos nos a noite inteira
Envolto do braseiro, a brincadeira
Do anel de roda e cantoria;
Não posso esquecer tanta alegria
São recordações que até hoje permanece;
Esta casa este lugar ninguém esquece;
E faz parte do nosso dia a dia.
Havia ainda uma bacia
Bem cheia de água transparente
Para com o fogo reluzente;
Fazermos uso da velha simpatia
Para nos enchermos de alegria
Vermos nosso rosto aparecer,
E a grandeza da fé efervescer;
Na certeza de termos um amor
Ou talvez um grande dissabor
Quando ao rosto, um vulto aparecer!
Ainda no fundo da morada,
O pé de juazeiro envelhecido;
Pelos anos e vento estremecido.
Grandiosa árvore abençoada!
Rudemente fora transformada;
Numa grande privada coletiva!
Também numa sombra alternativa;
Das galinhas que todos ali criavam;
Poleiro onde elas pernoitavam;
Uma lembrança que forte e altiva!
Mas a lembrança causa decisiva,
Que me fez traçar este poema.
Talvez falte o principal fonema;
Prá fazê-lo fonte expressiva;
Com certeza a fé mais combativa;
Está exposta na sala da frente.
Um oratório de imagem comovente
De Jesus , Maria e José,
Outros santos que nos uniu na fé;
E continuará nos unindo certamente!
Quem passa na estrada, indiferente,
Nunca poderá imaginar
Dezessete pessoas a morar;
Unidos de forma irreverente;
Esperançosos no que estava à frente.
Todos juntos na saúde e na dor;
Com alegria, mas também dissabor;
Passando por muita privação
Mas, animados com fé e devoção
Somos quinze pessoas com valor
Pai e mãe no céu, ou onde for
Que vocês estejam morando
Nós seus filhos aqui lutando
Preservando o senso de humor.
O trabalho a esperança e o amor;
Mesmo cada qual no seu lugar
Esta casa continua a marcar;
O relógio da nossa existência.
Passo a passo com muita consciência.
Queremos seu exemplo preservar!
Todos os nomes vão lembrar,
Raimunda, Manoel e Maria
Terezinha, Francisca que um dia;
Nas suas casas já pude morar
Antonio, Paula , José quero lembrar;
Pedro eu, Donatília e Bernardina
E o pensamento ainda me atina;
Para Maria Vilani e Romualdo.
José Dudú , enviuvado
E Beatriz a caçula pequenina!
Uma entrada de forma repentina;
Nesta casa nosso berço singular;
Com certeza não poderá notar.
Um moinho que fazia a massa fina.
Um candeeiro e uma lamparina;
Um armário uma mesa e um fogão.
Encostado na janela um pilão;
Diversos armadores na parede,
Era onde se armava nossa rede,
Cada detalhe nos enche de emoção!
Do mês de maio a maior recordação
E do primeiro dia de novena!
Com tanta gente a casa era pequena;
Todos com muita devoção,
Num momento sublime de oração;
Levávamos a bandeira pro terreiro,
Cantávamos bendito mensageiro;
Para a mãe santa e rainha saudar
E a bandeira branca hastear;
E neste mastro permanecer o ano inteiro!
E se dermos uma volta por inteiro
Com certeza vamos se lembrar;
Do pé de angico arvore secular;
Que era marca do amor verdadeiro;
Do nosso pai, mesmo sendo carpinteiro.
Conseguia de forma inteligente;
Manter das espécies a semente;
Aroeira, mandacaru imburana;
Pau darco, para ter madeira plana
Fazia esta defesa firmemente.
Tantas coisas estão na minha mente;
Claro que daria para escrever bem mais,
Mas outros escritores geniais;
Poderão de forma mais conveniente;
Talvez num contexto diferente;
Possa essas lembranças registrar.
Eu já irei um ponto final dar;
Desejando a toda a irmandade,
Saúde paz, felicidade.
Perseverança pra história continuar.
Eu espero que sintam a essência do quanto este conteúdo, me importa;
para que tenha tido a importância do sentimento que me apanhou na hora de escrevê-lo.
Um grande abraço Pedro Alves neto
Quem passa naquela estrada
Ao longe verá uma bandeira
Mais perto avista a porteira;
Que indica da casa a entrada.
No oitão, uma roseira fincada,
Por mamãe grande guerreira!
Que ali residiu a vida inteira
Trabalhando de foice e enxada;
Que morreu a sofrer e calejada;
Tendo a solidão de companheira
No terreiro as marcas de fogueira
Que ali era a grande tradição,
Principalmente na noite de s. João;
Reunidos todos nos a noite inteira
Envolto do braseiro, a brincadeira
Do anel de roda e cantoria;
Não posso esquecer tanta alegria
São recordações que até hoje permanece;
Esta casa este lugar ninguém esquece;
E faz parte do nosso dia a dia.
Havia ainda uma bacia
Bem cheia de água transparente
Para com o fogo reluzente;
Fazermos uso da velha simpatia
Para nos enchermos de alegria
Vermos nosso rosto aparecer,
E a grandeza da fé efervescer;
Na certeza de termos um amor
Ou talvez um grande dissabor
Quando ao rosto, um vulto aparecer!
Ainda no fundo da morada,
O pé de juazeiro envelhecido;
Pelos anos e vento estremecido.
Grandiosa árvore abençoada!
Rudemente fora transformada;
Numa grande privada coletiva!
Também numa sombra alternativa;
Das galinhas que todos ali criavam;
Poleiro onde elas pernoitavam;
Uma lembrança que forte e altiva!
Mas a lembrança causa decisiva,
Que me fez traçar este poema.
Talvez falte o principal fonema;
Prá fazê-lo fonte expressiva;
Com certeza a fé mais combativa;
Está exposta na sala da frente.
Um oratório de imagem comovente
De Jesus , Maria e José,
Outros santos que nos uniu na fé;
E continuará nos unindo certamente!
Quem passa na estrada, indiferente,
Nunca poderá imaginar
Dezessete pessoas a morar;
Unidos de forma irreverente;
Esperançosos no que estava à frente.
Todos juntos na saúde e na dor;
Com alegria, mas também dissabor;
Passando por muita privação
Mas, animados com fé e devoção
Somos quinze pessoas com valor
Pai e mãe no céu, ou onde for
Que vocês estejam morando
Nós seus filhos aqui lutando
Preservando o senso de humor.
O trabalho a esperança e o amor;
Mesmo cada qual no seu lugar
Esta casa continua a marcar;
O relógio da nossa existência.
Passo a passo com muita consciência.
Queremos seu exemplo preservar!
Todos os nomes vão lembrar,
Raimunda, Manoel e Maria
Terezinha, Francisca que um dia;
Nas suas casas já pude morar
Antonio, Paula , José quero lembrar;
Pedro eu, Donatília e Bernardina
E o pensamento ainda me atina;
Para Maria Vilani e Romualdo.
José Dudú , enviuvado
E Beatriz a caçula pequenina!
Uma entrada de forma repentina;
Nesta casa nosso berço singular;
Com certeza não poderá notar.
Um moinho que fazia a massa fina.
Um candeeiro e uma lamparina;
Um armário uma mesa e um fogão.
Encostado na janela um pilão;
Diversos armadores na parede,
Era onde se armava nossa rede,
Cada detalhe nos enche de emoção!
Do mês de maio a maior recordação
E do primeiro dia de novena!
Com tanta gente a casa era pequena;
Todos com muita devoção,
Num momento sublime de oração;
Levávamos a bandeira pro terreiro,
Cantávamos bendito mensageiro;
Para a mãe santa e rainha saudar
E a bandeira branca hastear;
E neste mastro permanecer o ano inteiro!
E se dermos uma volta por inteiro
Com certeza vamos se lembrar;
Do pé de angico arvore secular;
Que era marca do amor verdadeiro;
Do nosso pai, mesmo sendo carpinteiro.
Conseguia de forma inteligente;
Manter das espécies a semente;
Aroeira, mandacaru imburana;
Pau darco, para ter madeira plana
Fazia esta defesa firmemente.
Tantas coisas estão na minha mente;
Claro que daria para escrever bem mais,
Mas outros escritores geniais;
Poderão de forma mais conveniente;
Talvez num contexto diferente;
Possa essas lembranças registrar.
Eu já irei um ponto final dar;
Desejando a toda a irmandade,
Saúde paz, felicidade.
Perseverança pra história continuar.
Eu espero que sintam a essência do quanto este conteúdo, me importa;
para que tenha tido a importância do sentimento que me apanhou na hora de escrevê-lo.
Um grande abraço Pedro Alves neto