MÃE

Autor: Pedro A. Neto.
Queria voltar ao tempo, bem no início de tudo; Eu pequeno, ingênuo e
imaturo. Tão dependente! Perguntava – ti e ajudava-me em quase tudo que
fosse tarefas para eu resolver... E como era acolhido, e carinhosamente
ajudado por ti, minha querida! Mas, o tempo não espera ninguém. Cresci e
achei que, já era independente e, portanto, poderia partir. Desprendi-me dos
teus braços e do abraço, e tentei meu caminhar sozinho. Saí mundo afora...
Aventurei, sofri aprendi. Mas pela longa estrada que me ousara percorrer,
não encontrara nem ombro e nem colo acalentador como teu! Teu sorriso,
teu olhar, permanecera sempre em mim, insubstituível! E tão longe e de
tanta ausência e, na angustia de revê-la e de tê-la novamente ao meu lado;
decide então voltar e de novo realimentar-me do teu bem; matar uma
saudade represada, e avassaladora que me consumia
E o fiz, voltara ao meu cantinho de origem; a casa a beira de uma estrada e
ao quarto que me embalardes a rede. Mas, a cronológica contagem da vida
houvera encerrado o teu tempo, e fora tarde de mais, não mais existia... E a
terra houvera consumido tua matéria, Somente preservara-se um baú, num
lugar e objetos que fora teus... Que mesmo poucos me fizeram rememorar
de tudo... Ou quase tudo, se não, do melhor: tua imagem! Um ser que
me tivera e que na minha sensibilidade, era de fato meu ser preferido. Tu
minha querida, inesquecível mãezinha!
Hoje o que restara? A plena certeza que permaneceras para sempre nos
anais de minha história, e será eternamente o maior amor da minha vida!
Mas também, nem tudo findara com a tua morte, teus ensinamentos se
perpetuarão, mesmo com o teu desaparecimento! Os exemplos que me
dera, a bondade que me ensinara por tuas ações humanísticas, far-se-ão
presentes nos planejamentos interpessoais do meu ser.
Vou caminhar por toda vida, como se fora de mãos dadas contigo; e tentar
ser sempre, um homem reanimado dos teus saberes. E com isso tentar
me aproximar dos meus semelhantes, contaminado com a vontade e a
força do amor que implantastes no meu coração; que de tanto que fora me
oportunizará a compartilhar com outras pessoas, por onde eu andar! Muito
obrigado mãe Antônia, por ter me protegido e amado tanto! Em teu nome
saúdo e parabenizo todas as mães do mundo.