Autoria
Pobre, porém rica de coração, de generosidade,
na sua mesa o pão era compartilhado.
Mãe, exemplo de austeridade, de força, de persistência, de fé, mas de
bondade, de sensibilidade e de amor. Foste, assim, um ser humano que mesmo na
imperfeição de alguns de seus atos conseguia ser perfeita nas suas atitudes e
nas suas ações.
Mãe, o tempo passa! Contamos um centenário
que tu vieste a este mundo. Hoje, tu não estás mais entre nós, mas a tua
presença está imortalizada nos ensinamentos que tu deixaste e vai permanecer
por muitos centenários porque tu soubeste, na sua simplicidade, construir uma
família, e família é continuidade não tendo, portanto, fim.
Filhas, filhos, noras, genros, netos, bisnetos
e tataranetos te agradecem por tudo que fizestes por nós, pelas tuas lágrimas
derramadas, pelos teus sofrimentos em silêncio, pela tua vida entre nós. Muito
obrigada, descansa em paz.
Bernardina Alves de Sousa
Beatriz Alves de
Sousa
Hoje estamos
todos reunidos para celebrarmos os cem anos de nascimento da pessoa mais
importante de nossas vidas. “Mãe, madrinha vó, Dona Sitonia”.
Falar de
alguém que amamos, às vezes, parece fácil e ao mesmo tempo difícil...
Até porque encontrar
no vocabulário palavras para definir a grandiosidade de nossa mãe é impossível ...
Dona Sitonia
foi uma criatura em primeiro lugar humana, enquanto vida não media esforços
para ajudar o próximo. Foi sábia na educação dos filhos, usando os princípios
bíblicos e falando de histórias vividas. Dialogando sempre mostrou o caminho do
bem e da verdade. Foi, pois, uma mestra na condução da família.
Mulher de fé
rezava em seu santuário o terço diário, o novenário do mês de José e do mês de
Maria e as novenas de São João. Era também devota fervorosa de Santo Antônio
Viajante.
Agricultora:
roçava, plantava, capinava e colhia.
Artista:
bordava, costurava, fazia crochê e flores. Sabia como ninguém escolher as
estampas e os modelos de seus vestidos e cuidava muito bem dos detalhes finais;
era uma estilista dos tempos atuais.
Dona de
casa: administrava o lar com sapiência. Com os poucos recursos que dispunha,
ela alimentou e usado a medicina popular cuidou de nossa saúde.
Leiga de
estudo, mas culta de conhecimento e sabedoria.
Severa,
porém dócil, acolhedora. Ela cativava a todos/as com suas ações. Nós sabíamos do
tamanho de seu coração de mãe. Por isso, entendíamos quando ela excedia na
disciplina.
Pobre, porém rica de coração, de generosidade,
na sua mesa o pão era compartilhado.
Verdadeira,
honesta, mas foi além do seu tempo na luta pelos seus direitos. Semeou
esperança como mãe, foi bondosa como irmã e como esposa perseverou no bom senso
e muito respeito.
Simples, modesta,
mas social, participava das cerimônias familiares,
das festas religiosas e profanas levando a sua prole para aprender a
conviver em sociedade, ensinando e recomendando o que podia e o que não podia
ser feito, seguindo os princípios e a ordem.
Mulher de
atitude, de coração generoso. Foram muitos os ensinamentos...
Além de
esposa, mãe, dona de casa, agricultora e artesã, “Dona Sitonia” ainda
encontrava tempo para visitar alguém: parentes, amigos ou vizinhos que
estivessem doentes ou em dificuldade para levar nem que fosse uma palavra de
conforto.
Sabia como
ninguém preservar suas amizades e, desse modo, sempre tinha um agrado para as suas
amigas: quer fosse produto de sua roça ou de suas mãos habilidosas, mas suas
mãos nunca estavam vazias para receber as pessoas amigas, principalmente seus/suas
filhos/as e seus/suas netos/as. Qualquer um dos netos e netas que a conheceu lembra-se
da latinha de bolacha, do beiju com leite ou com rapadura, da tapioca de “Madinha
vó” como a chamavam...
Qual dos/das
filhos/as que não se lembra da semana santa, da noite de São João e do jantar
de noite de festa na casa de Dona Sitonia?
Assim, tu
foste a condutora de cada passo de nossas vidas, usando palavras duras e
severas para repreender as falhas e as lágrimas para demonstrar o teu amor.
Chorava
muito a partida de cada um de seus filhos que saía de casa em busca de suas
realizações pessoais, mas tinha a compreensão que seus filhos precisavam tomar
seu rumo e seguir seus caminhos. Por isso, apoiava a decisão de cada um, tanto
que viveu sozinha os últimos anos de sua vida.
Mãe, exemplo de austeridade, de força, de persistência, de fé, mas de
bondade, de sensibilidade e de amor. Foste, assim, um ser humano que mesmo na
imperfeição de alguns de seus atos conseguia ser perfeita nas suas atitudes e
nas suas ações.
Mãe, o tempo passa! Contamos um centenário
que tu vieste a este mundo. Hoje, tu não estás mais entre nós, mas a tua
presença está imortalizada nos ensinamentos que tu deixaste e vai permanecer
por muitos centenários porque tu soubeste, na sua simplicidade, construir uma
família, e família é continuidade não tendo, portanto, fim.
Filhas, filhos, noras, genros, netos, bisnetos
e tataranetos te agradecem por tudo que fizestes por nós, pelas tuas lágrimas
derramadas, pelos teus sofrimentos em silêncio, pela tua vida entre nós. Muito
obrigada, descansa em paz.
Nunca se esqueça, nem
um segundo
que o nosso amor é o
maior do mundo.
É tão grande o nosso amor por você.
Mas como é grande o nosso amor por você. (Roberto Carlos)