"O QUE VOCÊ TIVER HERDADO DE SEUS ANTEPASSADOS, CONQUISTE-O NOVAMENTE POR SI. DO CONTRÁRIO NÃO SERÁ SEU".(VON GOETHE)



quarta-feira, 30 de março de 2011

Fotos da oficina: Artes em CDS

Professora: Ana Lúcia Alves Leite










Nossa casa: Com e Sem Dudu

Autor:  Pedro Alves Neto

Com Dudu, logo cedo se ouvia
O aboio de um vaqueiro apaixonado,
Sua voz nos desejando bom dia!
Um sorriso ou um grito animado.
Sem Dudu a tristeza contagia,
Não se ouve nenhuma cantoria,
Sua lembrança está por todo lado!

Com Dudu e seu jeito agitado,
Sempre havia uma grande animação,
Seu sorriso maroto e debochado,
Sua voz afinando uma canção!
Sem Dudu o encanto foi quebrado,
Só nos resta um retrato pendurado,
E a saudade arrasando o coração!

Com Dudu e seu jeito camarada,
Sempre havia esperança e alegria
Uma frase já estava preparada,
Cheia de encanto e muita simpatia!
Sem Dudu aqui: a nossa estrada,
Que nos leva em vida a caminhada!
Tornou-se muito escura triste e fria!

Com Dudu o nosso dia a dia,
Era o som de uma música predileta,
A certeza de muita cantoria,
A poesia de um grande poeta;
Sem Dudu, não há som nem melodia,
A saudade é nossa companhia,
E como flecha certeira nos acerta!

Com Dudu tudo era uma festa
Animada com música e batucada
Sua voz entoando uma seresta,
Uma garganta límpida afinada.
Sem Dudu só a tristeza nos resta,
Não há música, alegria nada presta,
Nossa vida esta triste destroçada!

Com Dudu, toda historia era engraçada
Todos riam com muita animação
Sua braveza era forma disfarçada
De esconder seu amor sua emoção.
Sem Dudu não há riso nem piada,
Nesta casa da beira da estrada
A tristeza nela entrou igual vulcão!



Com Dudu, havia muita festa
Havia a fogueira de São João!
Cortava-se madeira da floresta,
Fazia de lenha um montão.
Sem Dudu, a tristeza manifesta
A alegria deu lugar a comoção
Só saudade e tristeza são o que resta!
Sufocando o nosso coração!
Com Dudu, nosso bom irmão,
A família era grande e completa,
Entre os quinze ele era uma mão
A nos acarinhar na hora certa.
Sem Dudu só nos resta a devoção,
Para em uma corrente de oração.
Ofertar-lhe, pois é o que nos resta.