"O QUE VOCÊ TIVER HERDADO DE SEUS ANTEPASSADOS, CONQUISTE-O NOVAMENTE POR SI. DO CONTRÁRIO NÃO SERÁ SEU".(VON GOETHE)



sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

FOTOS DO MEMORIAL UM ANO DE EXISTÊNCIA




Pai e Mãe

Ferramenta de Pai



trabalhos manuais e outras peças da família






louça da mãe


Frasqueira da mãe



Caixa de documentos



Roedor de mandioca

  
Trabalho manuais feito por membros da família
Trabalho manuais feito por membros da família

Trabalho manuais feito por membros da família

Trabalho manuais feito por membros da família


Cachimbo da Mãe

Parte da biblioteca

Projeto desenvolvido no ELIMFAS ano2011
Projeto desenvolvido no ELIMFAS ano2011
Mensagem do dia das mães 2011a

sábado, 12 de novembro de 2011

Pondo tudo a perder

Autor: Pedro Alves Neto

 Saí do trabalho, encontrei uma amiga o papo rolou
Fomos num boteco, eu tomei um treco ela também tomou;
No Karaokê, cantamos em dupla o tom combinou;
Já era bem tarde, papo vai papo vem um beijo rolou.

Tomei uma pinga, ela cerveja aí me animei;
Abracei-a  bem forte, mas do meu celular o som escutei;
Aí pedi licença e fui ao banheiro, e  lá eu gelei ,
Quando  no visor do meu aparelho  no número olhei!

Era minha esposa, já tremendo todo disse: alô meu bem!
Sem nem mesmo ouvi-la, já todo tomado da culpa refém!
Disse meu benzinho, que bom que ligou,ia te ligar também!
É que eu me atrasei  e perdi horário do maldito trem!

Até  vim correndo para pegar o mesmo aqui na estação;
E estava bem cheio tentei  nele entrar, não consegui !
Estou pegando o outro, eu vou já  chegar me espere benzão!
Aí,  sim eu tive a real clareza da situação!

Do outro lada da linha   minha  mulher: gritando dizia:
São duas da manhã não tem mais trem que mentira vazia;
Não volte hoje aqui, se eu te perdoar te procuro outro dia!
Continue no boteco, tomando cachaça com uma vadia!

sábado, 5 de novembro de 2011

O café da veia Chica: era tão bom!...

Autor: Pedro Alves Neto
     Não poderia jamais tirar da minha lembrança, dentre tantas coisas que me ocorrera quando criança, no sítio Quintiliano: a casa dos Belmiro, do outro lado do rio bem no alto! Na saída da estrada de Várzea da Ema, lugar de parada certa! Onde éramos acolhidos a qualquer momento que por ali passássemos com um caneco d’água fresca e um inesquecível cafezinho. Pois bem, não sei se por profunda inocência do meu paladar ainda infantil, e talvez  por que existem mesmo coisas na nossa vida que são únicas: nunca, por todos lugares que passei provei café de um de sabor igual.
     Lembro-me da simpatia que éramos tratados, por: Belmiro, Dona Chica ( carinhosamente veia Chica), Maraba, Ana, Dulvirges e Hercília; eram encantados seres humanos, ao recebermos na velha casa de taipas, onde viveram todos os anos de vida e  longevidade, pois morreram todos com idade bem avançada; brincávamos até que iriam ficar para semente!“Ditado popular regional que significa perpetuação da espécie e vida média prolongada”.E isso pude constatar pessoalmente: o Senhor Belmiro, faleceu aos 98 Anos, e os demais seguiram nesta mesma linhagem, apesar de ter me mudado, de longe interessei por manter acesa a lembrança, sempre buscava um jeito de  me atualizar por notícias, ou pessoalmente quando em visitas que fiz, o que sei: sempre soubera manter acesa a lembrança desta bondosa, e carinhosa gente sertaneja!
     E tratando do motivo principal da minha escrita: o café. Acredito ter sido de minha família o mais contemplado de degustar esta inigualável iguaria; pois eu era o portador da busca do querosene, o precioso combustível para iluminar a escuridão em nossa casa  noites sem luar. Maraba, um dos membros da família a qual me refiro, mantinha uma vendinha, bodega, que nos forneciam: cereais, rapadura, café, e querosene; este indispensável, pois usávamos para abastecermos os candeeiros, fonte única de iluminação em nossa residência à época. E eram regulares minhas idas ao lar da Veia Chica, pois um litro do referido produto, quantidade  que não se podia alterar para não mantermos estoques, preventivamente aos cuidados de acidentes, éramos em cinco crianças, e a casa possuía muito estoque de produtos de fácil combustão.E  tão pouca quantia durava  pois, apenas quinze dias. Então  tive o privilégio de tomar inúmeros cafés, na casa da dona Chica. Que bom era, sugar aquele meloso xarope, adoçado com rapadura, forte, fortíssimo, e no final ainda mastigar a borra das sementes que eram quebradas  no pilão de baraúna, enorme artefato, fincado na cozinha, tão robusto que da sala podia se ver, e muitas vezes até assistir um duela de Duvirges, e Ana descascando arroz, ou o próprio café torrado. Era muito evidente a robustez daquelas moças velhas, de mãos calejadas, nos proporcionando o espetáculo do trabalho duro,perseverança e honradez. Não se falava nada daquela família, que não fosso elogios e agradecimentos.
     Abro um parêntese, para registrar testemunho desta bondade tão rara e desprovida de interesses, relembrando algumas realizações, infinitamente humanística, que presenciei e convivi, e me interesso por registrá-las, quem dera sirva de exemplos a nós e aqueles que tiverem acesso a estas mal traçadas linhas.
     Minha mãe, e minhas irmãs criavam galinhas, poedeiras e que de tempo em tempo deitavam-nas para chocarem seus ovos, e das ninhadas, os machos eram separados e destinados a transformações; pois feito a cirurgia de esterilização; provocava de fato uma grande mudança nas aves: “capão” como são chamados. E estes crescem e aumentam de peso rapidamente e representava ali fonte  rica de proteínas para nossa alimentação e também complementação de renda, pois se vendia ou trocava-se alguns, saneando necessidades da nossa sobrevivência. E quem nos patrocinava tão delicado procedimento: Dona Chica, a veia Chica; tirava muitas horas do seu precioso tempo e vinha nos ajudar com sua magnífica experiência castrando todos os franguinhos.
       Maraba com a atividade comercial que desenvolvia, ia muito à cidade; e fazia o percurso para mesma, passando pelo nosso terreiro, e quantas vezes foi nosso portador, levando e trazendo nossas encomendas no lombo do famoso jumento roxinho.!
      O nosso mano Antonio, tocou uma roça, na lagoa funda que era bem próximo  da residência dos Belmiros; e neste ano o inverno foi muito forte, o rio por muitos dias, encheu  e transbordou não permitindo assim  a passagem do mesmo paro o outro lado; ele o nosso mano Antonio, fez moradia na casa da veia Chica; onde era tratado como filho adotivo.
      Ainda o Maraba tinha uma pequena plantação de cana, e vendia as mesmas, ou as deixava amadurecer para moer, e transformá-las em rapadura; e me vendo passar pelo sítio, pois a plantação ficava à beiro do caminho que transitava ao ir pegar o querosene, e sabendo de minha impossibilidade de comprar aquelas canas doces e enormes, quantas vezes me doou, fazendo-me tão agradecido pois uma lasca de cana para um menino do sertão faz o mesmo efeito de um chocolate da melhor marca, e portanto tinha um grande desejos de chupá-las, o que fui plenamente saciado pelo carinho  e bondade do mesmo..
     Então não era somente o tempero, do café que me envolveu tanto, era sim a maneira com que foi feito, o desprovimento de interesses escusos, a alegria e o prazer de servir daquela gente tão amável, tão simples e nunca por nós esquecida! Saudade é pouco, gratidão reconhecimento, e uma vontade imensa de retribuir o bem recebido com o mesmo gosto! Aceite meu café dona Chica!  Onde quer que estejas!Com afeto e com amor. Mesmo que o que te ofereço seja de maquininha elétrica, o pó embalado a vácuo, e adoçado com açúcar refinado!

domingo, 2 de outubro de 2011

UM ANO DO ELIMFAS: PARABÉNS








Estandarte principal



Representando o carnaval

Dança da peneira




Capoeira
 


Capoeira



Dança da fita

Dança da fita

domingo, 11 de setembro de 2011

Um ano de resgate histórico

Um ano de resgate histórico,
Parabéns a esta iniciativa extraordinária de resgate e preservação da memória da FAMÍLIA ALVES.
Há um ano de sua fundação, o ELIMFAS, mostra-se já bem estruturado e atuante; atendendo firmemente os objetivos para que fora estabelecido: resgatar e preservar a memória de um povo, fruto da união e trabalho de algumas guerreiras da família, não nomearei para não cometer injustiças,  pois participo de muito longe; mas com certeza, com meu testemunho ocular; em visita que fiz dia 23/06/2011; este  espaço representa um passo muito avançado, na construção de um memorial de significação,  unindo o passado e o futuro de nossa família.
Quero juntar-me a todos e todas que além da idéia, se dedicam cotidianamente, para que se edifique cada vez mais esta grande obra; para que nossos descendentes se orgulhem dessa iniciativa, e motivados possa continuar este trabalho maravilho de: pesquisa e preservação desta bonita história de trabalho e vida.
O nosso povo, não preserva a cultura histórica, é desculturado paulatinamente. Primeiro pela colonização portuguesa, depois pela intervenção política dos Estados Unidos; e mais recentemente pela globalização perversa; tal que pouco se sabe, dos povos nativos. Dos negros africanos; que gerou essa miscigenação racial tão diferente de outros povos de outras nações; mas que não se valoriza.
  é que foco  na grande virtude, desta iniciativa, que agora já completa seu primeiro ano , que deverá ser comemorado com muito entusiasmo e alegria, que  se continuem no propósito de elevarmos cada vez mais, a importância desta realização.
Parabéns! E que esta data se repita muitos anos!
Que a nossa família seja preservada, na vida e na história do nosso município, e do nosso querido estado da Paraíba!
São Paulo, 04/09/2011
Autor: Pedro Alves Neto